Câmara de Albufeira assinou protocolo com agrupamentos do concelho que prevê cooperação entre as bibliotecas escolares e a municipal. Valorização da leitura, do livro e da cultura é a principal preocupação.
Não é que as bibliotecas municipal e escolares não funcionem já em rede, mas a Câmara de Albufeira optou por criar, na semana passada, um protocolo para formalizar a colaboração estreita entre estas estruturas.
O objetivo do documento, assinado entre a Câmara e sete estabelecimentos escolares, é criar uma rede de cooperação para gerir e otimizar os recursos documentais, organizar iniciativas de promoção da leitura e literatura, bem como estabelecer e facilitar a prática de empréstimo entre bibliotecas.
«As valências sozinhas não funcionam por completo. Em rede, poupam-se energias, recursos e valorizamos ainda mais o livro, a leitura, a cultura e o processo educativo», salientou o presidente da Câmara de Albufeira Desidério Silva.
Assim, desde a semana passada, a autarquia, a Biblioteca Municipal Lídia Jorge e as bibliotecas dos Agrupamentos Verticais de Escolas de Albufeira Poente, Dr. Francisco Cabrita, Diamantina Negrão, Ferreiras, Paderne, a Secundária de Albufeira, a EB 2+3 Dom Martim Fernandes e a Escola Básica e Secundária de Albufeira, já funcionam na mesma sintonia.
Esta é apenas mais uma das etapas de um processo que tem vindo a evoluir no que diz respeito às bibliotecas escolares. «Há oito anos não havia estes espaços nos estabelecimentos de ensino do primeiro ciclo. Havia um armário com livros e os alunos requisitavam os livros à professora», relembrou o vice presidente da Câmara José Carlos Rolo.
Desde essa altura, foram remodeladas treze bibliotecas escolares, que pertencem à rede do Ministério da Educação, porque têm normas adequadas e seguem os requisitos exigíveis.
Apenas a primária da freguesia da Guia não está incluída nestas intervenções, pois deixará de funcionar como escola.
«Vai iniciar-se a construção de outra escola em Setembro de 2011 que já terá todas estas condições», justificou José Carlos Rolo.
Na prática, quais são as mais valias desta rede? A biblioteca municipal está centrada na sede de concelho e nem todos têm a possibilidade de se deslocar àquele espaço.
Já as «bibliotecas escolares, que estão dispersas pelas freguesias, estão mais próximas das populações. E estas devem servir a comunidade fora do horário escolar. Por sua vez, se estiverem ligadas em rede, poderá haver circulação dos livros, de exposições, de iniciativas culturais», justificou o vice presidente.
Por outro lado, a Biblioteca Municipal Lídia Jorge, construída há cinco anos, «deu a volta à forma de ter acesso aos livros, documentos, publicações em Albufeira, mas também a ações como exposições e palestras», reforçou Desidério.
Ainda que conte com um pequeno percurso, a Biblioteca Municipal já trabalhava em cooperação com as escolas do concelho.
«Esta rede tem vindo a ser desenvolvida, tanto que já existia um grupo de trabalho, coordenado por professores responsáveis pelas bibliotecas escolares e por técnicos da Biblioteca Municipal. Esse grupo acabou por dar origem ao Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares».
Agora, segundo o protocolo, a gestão da rede será semelhante ao que acontecia anteriormente. Ficará a cargo de uma estrutura técnica constituída por um grupo de trabalho composto por responsáveis das bibliotecas que assinaram o documento.
Fonte: Bibliotecas escolares e públicas de Albufeira já estão em rede - 18 de maio de 2010